sexta-feira, 2 de outubro de 2009

LITERATURA X MÚSICA




















Se tem duas coisas na vida que não vivo sem é : música e um bom livro...vários, eu diria, por que normalmente leio dois, três ao mesmo tempo...
No momento estou lendo "Cisnes Selvagens", da Jung Chang, maravilhoooso e enooorme....hehe!É sobre a China, fala muita coisa secreta de Mao Tse Tung, interessantíssimo mesmo, conta uma realidade das bandas de lá que muita gente não imagina (nem eu!). Well...juntamente com este tenho dentro do carro, pra quando sou "Mãetorista"(o dia todo!!!) e espero minhas filhotas saírem do colégio, do inglês, do jazz...esse é mais light: "Coisas da Vida", da Martha Medeiros, uma compilação de crônicas publicadas de 2003 a 2005...ótemas!!!Estou amando!!
Já em termos de música estou ouvindo o último CD da Colbie Caillat, "Breakthrough", maravilhosamente LEVE, gostoso de se ouvir inteirinho, não precisa pular nenhuma faixa.
MAS...voltando aos livros, ontem, lendo uma das crônicas da Martha M., me deparei com um trecho que vem de encontro com este post...ou pelo menos se parece:
(...)Eu já escrevi um sem-número de crônicas defendendo a importância da literatura para abrir horizontes, vencer preconceitos e aprender a escrever melhor - sem falar no quesito entretenimento: livro diverte. Mas a música tem um poder que vai além de atributos práticos e aplicáveis. A música nos invade de uma maneira que nos deixa sem defesa. Ainda mais quando é ao vivo. Seja um rock'n'roll possante ou música erudita, não importa. Ela vai buscar você onde você se esconde. Pode ser que não seja assim com todos. Comigo é. A música passa ao largo do meu pensamento e se instala onde eu me sinto, onde eu me conecto com sensações infantis de extremo prazer, onde tudo se torna absolutamente instintivo. Ela me desengessa. Dá reconhecimento ao meu corpo, que reage a ela sem pudores. Enquanto as palavras vestem, a música despe. E quando estão juntas, letra e música - boa! -, aí é uma excitação diferente, é um arrebatamento difícil de explicar, é mais ou menos o que acontece na hora do sexo, quando a gente não está pensando em nada, quando a gente deixa o personagem do lado de fora do quarto e recupera a pureza de ser quem é. Não sou muito boa de abstração. Talvez o que eu esteja querendo dizer é que, enquanto o livro permite que alternemos crença e descrença, a música nem nos dá tempo para este tipo de avaliação. Ela invade e captura o que há de melhor em nós: a nossa essência primeira, a mais intocada delas, a que não foi corrompida por racionalizações. Na canção que abre seu novo álbum, Naturaleza Sangre, Fito Páez diz: "No creo em casi nada que no salga del corazón".
LINDO,NÉ??!!...achei perfeito!!
Fecha muuito com oq penso, como sempre...essa Martha Medeiros vive escrevendo o que eu penso...ela escreve antes, não adianta...sempre me ganha!!kkkk....afff!!!acho que acordei de bom humor!Ahhh!!!claro!!Hoje é sexta feira...Ebaa!!!vamos pra ruaaa...bjoss

2 comentários:

Carol disse...

Oi!
Passando, me identifiquei de cara!
Não vivo sem música e literatura, tenho necessidade da palavra escrita (como diz LF Veríssimo) hehe
E adoooro Martha Medeiros!

Beijos, boa sexta!

Lídia Costa disse...

Que interessante um projecto que mistura música clássica com literatura. Por exemplo, eu gosto imenso do Crime e Castigo de Fiódor Dostoiévski e sempre achei que a “German Dance Nº1 in C Minor” de Franz Schubert assentaria que nem uma luva em uma eventual adaptação do romance para o cinema. Na realidade, o tema já foi usado em Barry Lyndon do Kubrick, mas penso que também resultaria com Dostoiévski. Para os amantes de música clássica mas também para os estreantes, aqui fica um bom ponto de interesse
http://cotonete.clix.pt/